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Conseg Vila Guilherme: aumento da violência


da esquerda para direita - inspetor Claudinei(GCM), ten. Elias(PM), Dr. Lambert( 9 DP), Marcelo Guidio (Subprefeitura Vila Maria/Vila Guilherme) e Alessandra Silva (Subprefeitura Santana/Tucuruvi)

O Conselho Comunitário de Segurança da Região do 9º Distrito Policial e 4ª Cia. do 5º Batalhão de Polícia Militar, que compreende os bairros de Vila Guilherme, Jardim São Paulo, Santana, Isolina Mazzei e Carandirú, se reuniu nesta quarta-feira (16), na sede da Distrital Norte da Associação Comercial de São Paulo.


Foram apresentadas demandas dos moradores, mas o que chamou mais atenção foi o aumento da sensação de insegurança nos bairros.


Jardim São Paulo e Pauliceia – Moradores dos bairros do Jardim São Paulo e Pauliceia pediram "socorro" para as autoridades.


"Somos moradores das Ruas Cataguases e Nogueira Acioli, onde o crime impera. Não temos mais sossego. Os moradores de rua que vivem na estação do metrô Santana, sobem aqui para nos assaltar. São moleques que nos abordam na saída dos colégios, roubam nossos pertences, nossos celulares. Eles se aproveitam das grandes árvores de nossa região, para se esconder e nos roubar", relatou uma moradora.


Rubens Lopes e Padula

"Sempre sonhamos em ter um mercado grande por aqui. Apareceu o Roldão. Junto com ele, montaram uma barraca na frente do mercado, com banheiro ao ar livre, sujeira, roubos, e parece que ninguém vê", mais um relato.


"Sou empresário da Av. Cruzeiro do Sul, segundo reportagem da Revista Veja, nossa avenida está no topo do ranking no roubo de celulares. Solicito para as autoridades mais atenção. Existem imóveis que servem de abrigo para os criminosos. Estamos na parte baixa de Santana, e temos a sensação que só a parte alta é atendida", protestou o empresário.


Outros moradores reclamam que ocorrem arrastões nas ruas Julia Lopes de Almeida e Luciano Bicudo.



Casas de Prostituição – Outro assunto bastante debatido foi a instalação de casas de prostituição, em Santana. Os munícipes relataram sujeira, consumo de drogas, desrespeito a Lei do Silêncio e outros delitos.


CET - Mudança de direção – Moradores denunciaram a mudança de direção da Rua Prof. Batista de Brito (Jardim São Paulo) sem consulta aos moradores. Os munícipes ficaram indignados, tendo em vista que o trânsito ficou caótico na localidade. Segundo uma moradora, a instalação de uma torre com apartamentos que valem mais de um milhão de reais, foi o motivo desta alteração.


Diretor José Maria orientando sobre as demandas

Vila Guilherme – Um morador da Vila Guilherme pediu apoio da Guarda Civil Metropolitana para coibir os roubos dos gradis na Rua dos Machados. Foi surpreendido com a recusa da força policial. “Pediram-me para procurar a Polícia Militar”, afirmou.


Outra munícipe comentou sobre os “pipeiros”, que causam problemas em várias ruas do bairro.


Bar do Luiz – Uma moradora de Santana reivindicou providências para as autoridades, sobre a degradação causada pelo famoso Bar do Luiz, localizado na Rua Augusto Tolle.

“Há 18 anos eu luto para colocar um pouco de ordem nessa localidade. O caos é total. Estacionamento em locais proibidos, lixo, a CET autorizou carga e descarga 24 horas. A pandemia não alterou um único dia movimentação neste bar. Já pediram para eu desistir, mas vou continuar na luta. Venho aqui pedir ajuda dos senhores”, relatou.



Moradores de Rua em Santana – Outro assunto debatido foi a instalação de moradores de rua, na área da estação do Metrô Santana. Foi sugerido limpeza frequente no local, para dispersar essas pessoas.


Palavra das Autoridades -


Dr. Antonio Salles Lambert Neto – delegado titular do 9º Distrito Policial – Comentou que a área do 9º Distrito Policial é grande e que trabalha com uma equipe pequena de policiais. Comentou que houve um aumento significativo no roubo e furto de celulares. Pediu que a população denunciasse os problemas, para que as autoridades possam atender de forma mais efetiva.



Ten. Elias Domingos Gomes – comandante interino da 4ª Companhia do 5º Batalhão de Polícia Militar – Disse que segundo a legislação brasileira, prostituição não é crime. Explicou que aquele que explora a prostituição, esse sim, comete delito. “É muito difícil caracterizar esse tipo de delito, tendo em vista, que a pessoa que pratica a prostituição, não denuncia aquele que a explora”. Sugeriu que as subprefeituras identifiquem se esses locais têm alvará de funcionamento. Sobre a Av. Cruzeiro do Sul, afirmou que houve sim um aumento de furtos e roubos, no entanto, segundo índices da Polícia Militar, desde novembro ocorreu recuo nos números. Pediu atenção dos moradores do entorno da Praça Domingos Luis, no Jardim São Paulo. Alertou que a região tem alto risco de roubo de veículos.


Alessandra Silva – Subprefeitura Santana/Tucuruvi – Pediu que os moradores fizessem contato com o 156, e após forneçam o protocolo a respeito das casas de prostituição. Falou que também atua como assistente social e que na cidade de São Paulo existem 34 mil moradores de rua. Disse que as pessoas tem o direito de permanecer na rua e que é preciso um trabalho de conscientização para que elas busquem outro modo de viver. “Eu já fiz visitas a estes moradores. Muitos não são deste bairro e nem desta cidade. Nós orientamos essas pessoas a procurarem os órgãos públicos de apoio: CAPS, CPAS, etc. Mas eles vão se quiserem, não podemos impor nada. Nosso país precisa urgentemente de resolver a questão da habitação”, afirmou.



A reunião foi dirigida por Rubens Lopes, presidente do Conseg. Coube ao vice-presidente Wilson Roberto Padula da Silva, coordenar os trabalhos. José Maria da Rocha filho, diretor social, orientou sobre as demadas, Vera Lucia Lopes Agueda e Eulalia Maria Conceição Taliatti fizeram os trabalhos da secretaria.


Compareceram na reunião cerca de 60 pessoas, entre elas: Alba Medardoni, presidente da Associação dos Moradores do Mirante Jardim São Paulo, Renato Martins,Rodando a Zona Norte, Madalena Valadão, fotógrafa e repórter da Revista Flash, Antonio Carlos Chiaretto, assessor do vereador Paulo Frange, vereadora Ely Teruel,Jackson de Melo, OAB, Rui de Freitas, diretor-superintendente da ACSP-Distrital Norte e inspetor Claudinei, Guarda Civil Metropolitana.

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